De acordo com várias investigações, a arteterapia oferece muitos benefícios a crianças com cancro, ajudando-as, por exemplo, a lidar melhor com a dor, com as náuseas e com a ansiedade.
Para além disso, este tipo de atividade também pode ser muito divertido, e diversão é algo que tem de fazer parte do dia a dia de todas as crianças, sejam elas portadoras de doença oncológica ou não.
A pensar nisso, o Hospital da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, reuniu 30 jovens, com idades entre os 3 e os 17 anos, e convidou-os a criar um mural que refletisse o seu estado de espírito.
O resultado? Um mural espacial, repleto de OVNI’s, estrelas e foguetes.
Atualmente, esta verdadeira obra de arte está em exposição na parede da sala de espera da unidade de oncologia pediátrica do hospital.
A artista Angus MacPherson, que todas as terças e quintas-feiras visita os jovens pacientes em tratamento e os ajuda a explorar a sua criatividade, foi a supervisora do projeto que define como “uma representação da infância”.
“Estas crianças estão, muitas delas, privadas da sua liberdade e impossibilitadas de ter experiências que definem a sua infância. Portanto, cabe-nos a nós ajudá-las a ter uma infância repleta de sensações e experiências emocionantes, aventureiras e criativas”.
As crianças diagnosticadas com cancro enfrentam desafios únicos, muitos deles ligados com a perda de experiências essenciais para o crescimento.
“Ser criança implica fazer amigos, brincar, participar em atividades desportivas…estas crianças não o podem fazer. Não podem ser livres”.
Perder esses rituais de infância devido a consultas médicas frequentes ou a longas estadas no hospital pode ter efeitos duradouros na autoestima e na saúde mental das crianças, dizem especialistas.
“Oferecer-lhes a oportunidade de se envolverem em projetos divertidos enquanto estão a passar por momentos não tão divertidos pode ajudar a mitigar essa sensação de falta”.
Fonte: SurvivorNet