Investigadores da Universidade Ben-Gurion do Neguev, em Israel, descobriram que bebés nascidos de mães que passaram por tratamentos de fertilidade estão em maior risco de desenvolver muitos tipos de cancros pediátricos e tumores (neoplasias).
O estudo, publicado no American Journal of Obstetrics & Gynecology, baseou-se numa análise de base populacional de bebés nascidos entre 1991 e 2013.
Segundo os especialistas, em Israel todas as intervenções de fertilidade, que incluem fertilização in vitro e indução da ovulação, são totalmente cobertas por seguros, permitindo a todos os cidadãos acesso a esses tratamentos.
Dos 242 187 recém-nascidos do estudo, 98,3% foram concebidos espontaneamente; 1,1% foram concebidos após a fertilização in vitro e 0,7% foram concebidos após os tratamentos de indução de ovulação.
Durante o período de seguimento, de aproximadamente 10,6 anos, foram diagnosticadas 1 498 neoplasias, uma taxa de 0,6%. A taxa de incidência de neoplasias foi maior entre as crianças nascidas após a fertilização in vitro, numa proporção de 1,5/1000 e um pouco menor para os nascimentos por indução de ovulação, em 1,0/1000; em comparação, a taxa de neoplasias em crianças naturalmente concebidas foi de 0,59/1000.
A pesquisa concluiu que a associação entre fertilização in vitro e neoplasias é significativa e que, com o crescente número de crianças concebidas após tratamentos de fertilidade, é importante o acompanhamento da saúde destas crianças.
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