As crianças com patologias complexas, como a oncológica, diabetes tipo 1, fibrose quística e outras, têm falta de recursos na área da saúde comportamental e muitas vezes são obrigadas a procurar cuidados de saúde não abrangidos pelos seguros de saúde, no caso das que têm acesso a este serviço. A investigação foi realizada nos Estados Unidos e publicada na revista Medical Care.
Os dados apurados mostraram que quase uma em cada cinco crianças com condições médicas complexas e crónicas que também precisam de cuidados de saúde comportamentais são vistas por especialistas que estão fora do seu seguro de saúde.
Na opinião dos cientistas, isto pode resultar em maiores custos para a família da criança e agravar o stress associado aos cuidados de saúde.
Os investigadores analisaram uma base de dados nacional norte-americana de reclamações médicas que incluía quase 8,7 milhões de doentes com idades até aos 18 anos.
Os participantes foram analisados por nível de complexidade médica e foram comparados na sua utilização de cuidados de saúde, nos custos dos cuidados e o montante de dinheiro que as suas famílias gastaram em custos extraorçamentais.
Os resultados revelaram que cerca de 24% das crianças com condições complexas e crónicas receberam cuidados não abrangidos pelo seu seguro de saúde, em comparação com 14% das crianças com condições crónicas não complexas e 7% das crianças sem problemas de saúde crónicos.
Os investigadores concluíram que a inclusão de um número mínimo de fornecedores em especialidades diferentes no plano de saúde, uma maior atenção a estes planos, uma melhor formação de prestadores de cuidados de saúde na área comportamental e subsídios para encorajar os prestadores a aderir aos planos poderiam ajudar a diminuir os custos para estas famílias.
Fonte: News Medical