Crianças com cancro têm maior risco de sofrer de stress pós-traumático

Quase uma em cada cinco crianças com cancro sofre de stress pós-traumático, revela um novo estudo realizado na Suíça.
Pesquisadores da Universidade de Zurique e do Hospital Pediátrico da Universidade de Zurique avaliaram dados de 48 mães, cujos bebés e crianças pequenas tinham sido diagnosticadas com cancro e foram submetidas a tratamentos oncológicos.
Nove das crianças apresentavam sintomas de stress pós-traumático e outras 20 tiveram pelo menos alguns sintomas do problema, sendo o mais comum a ansiedade e flashbacks (recordação de eventos ocorridos anteriormente).
As crianças acima dos 18 meses apresentaram uma probabilidade muito maior de desenvolver o distúrbio do que as mais jovens. 
“Os resultados da nossa pesquisa mostram que o cancro e o seu tratamento podem também ter um impacto traumático na infância”, destacaram os autores, que explicam que as crianças avaliadas tinham entre 8 meses e 4 anos de idade e receberam diagnósticos dos tipos mais comuns de tumores na infância, entre os quais tumores sólidos, leucemia, linfomas e tumores cerebrais.
Do total de crianças avaliadas, 85% tinham recebido quimioterapia, 56% foram submetidas a cirurgias, 17% foram sujeitas a radioterapia, 12,5% tinham recebido um transplante de medula óssea e 21 doentes (44%) ainda estavam em tratamento na altura do estudo.
Os cientistas lembram a necessidade de cuidados redobrados no sentido de “assegurar que procedimentos potencialmente stressantes, como os transplantes de medula óssea, possam ser realizados como sendo o mais indolor possível”.
O artigo, publicado na edição online da revista Psycho-Oncology, incentiva ainda os profissionais de saúde a tomarem medidas que permitam melhorar a presença da criança no hospital e durante o tratamento médico, a fim de reduzir a sua ansiedade.
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