O que é a COVID-19?
O termo COVID-19 deriva do nome coronavirus disease 2019 (em português, doença do coronavírus 2019); esta é uma infeção respiratória, que afeta o nariz, a garganta, as vias respiratórias ou os pulmões, e que é transmitida de pessoa para pessoa.
A maioria das pessoas infetadas com COVID-19 apresenta sintomas leves, semelhantes a uma constipação ou gripe; contudo, algumas pessoas podem desenvolver problemas mais sérios, como pneumonia.
Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em todo o mundo; ainda assim, o vírus que causa a COVID-19, e cujo nome oficial é SARS-CoV-2, é um novo tipo de coronavírus.
Quais são as variantes preocupantes do SARS-CoV-2?
O vírus que provoca a COVID-19 está em constante mutação. Algumas dessas mutações podem ser irrelevantes, mas outras têm implicações mais significativas na transmissão e/ou sintomas da doença.
Até ao momento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou cinco variantes do SARS-CoV-2 como “variantes de preocupação” (ou VOC, sigla em inglês para “variants of concern”) por haver evidências de que são mais transmissíveis, poderão contornar a imunidade adquirida através da vacina ou por infeção natural e/ou provocar formas mais graves de COVID-19. O nome dado às novas variantes identificadas do SARS-CoV-2 segue o alfabeto grego.
Assim, as cinco variantes de preocupação até agora identificadas pela OMS são:
- Variante Alfa – identificada no Reino Unido;
- Variante Beta – identificada na África do Sul;
- Variante Gama – identificada no Brasil;
- Variante Delta – identificada na Índia;
- Variante Ómicron – identificada em vários países (terá surgido provavelmente na África do Sul). Atualmente, esta é a variante do SARS-CoV-2 dominante em Portugal.
Saiba mais sobre as variantes do SARS-CoV-2 aqui.
Quais são os sintomas transversais a todas as variantes?
De acordo com especialistas em pneumologia, há sintomas transversais a todas as variantes do SARS-CoV-2, nomeadamente:
Mais comuns: febre, tosse, cansaço e perda de paladar e olfato (este último em 80% das pessoas – é um grande indicador);
Menos comuns: dores de garganta, cefaleias, dores musculares, diarreia e manifestações na pele e a nível ocular;
Mais graves: dificuldade respiratória, alterações motoras, desorientação, dores no peito.
Quais os principais sintomas da variante Ómicron?
Os dados até agora conhecidos sobre a Ómicron indicam que esta variante, atualmente dominante em Portugal, é mais transmissível, porém, aparentemente menos grave. Contudo, ainda não há certezas absolutas sobre esta matéria.
A médica Angelique Coetzee, a primeira a alertar os cientistas para uma nova variante do SARS-CoV-2, indicou que os sintomas iniciais provocados pela variante Ómicron parecem ser diferentes dos associados à variante Delta e menos graves, sendo eles:
- Fadiga severa;
- Dores de cabeça e no corpo;
- Dores de garganta ocasionais;
- Tosse seca;
Curiosamente, não é referido para esta estirpe um dos sintomas mais comuns a infeções pelas demais variantes: perda de olfato e paladar.
A OMS afirma, contudo, que não há informação suficiente que prove que os sintomas da Ómicron sejam diferentes das outras variantes.
Como se transmite a COVID-19?
A COVID-19 pode transmitir-se a partir do contacto próximo com uma pessoa infetada. Quando uma pessoa infetada tosse ou espirra, são expelidas gotículas respiratórias que podem atingir a boca ou o nariz de pessoas que estão próximas ou podem ser inaladas para os pulmões.
O vírus também pode ser transmitido quando uma pessoa toca uma superfície com o vírus e, em seguida, toca nos olhos, nariz ou boca.
Segundo várias investigações, o vírus pode sobreviver em superfícies durante alguns dias.
Quem pode contrair COVID-19?
É importante ter-se a noção de que qualquer pessoa pode ser infetada com COVID-19.
A doença é transmitida de pessoa para pessoa; ou seja, qualquer pessoa pode desenvolver COVID-19 depois de entrar em contacto próximo com alguém que esteja infetado com o vírus.
O vírus também pode ser transmitido quando uma pessoa toca numa superfície com o vírus e, em seguida, toca nos olhos, nariz ou boca.
Quais são os sintomas da COVID-19?
A COVID-19 é uma doença respiratória causada por um vírus.
Os sintomas da COVID-19 incluem febre, tosse, calafrios, falta de ar, dores no corpo, nariz entupido e perda do olfato ou paladar. Os sintomas geralmente desenvolvem-se a entre o 2º e o 12º dia após a exposição ao vírus.
A maioria das pessoas com COVID-19 apresenta sintomas leves. Existem ainda os assintomáticos, que são pessoas que estão infetadas com COVID-19, mas que não apresentam quaisquer sintomas.
Em alguns casos, as pessoas com COVID-19 ficam muito doentes: esta doença pode causar pneumonia, problemas respiratórios graves e até a morte. Os sinais de alerta de doença grave são:
- Falta de ar ou problemas respiratórios
- Dor ou pressão no peito
- Palidez
- Confusão
- Perda de consciência
As crianças estão em maior risco de ser infetadas por COVID-19?
Não. De uma forma geral, as crianças parecem estar em menor risco de serem infetadas, e de desenvolverem doenças graves, por COVID-19. Mas isso não significa que não possam ser infetadas!
Na maioria dos casos, o maior risco de complicações relacionadas à COVID-19 é observado em adultos mais velhos e pacientes com problemas crónicos de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes, problemas pulmonares ou pessoas com sistema imunitário enfraquecido.
Ainda assim, as famílias de crianças com sistema imunitário enfraquecido, como crianças com cancro, devem ter cuidados redobrados, de forma a evitar a exposição ao vírus. Caso se verifique o desenvolvimento de sintomas, os pais ou cuidadores devem entrar em contacto com o médico imediatamente!
Pacientes oncológicos pediátricos têm um risco maior de desenvolver doenças graves derivadas da COVID-19?
O cancro e os tratamentos oncológicos podem enfraquecer o sistema imunitário, o que significa que estes pacientes, de uma forma geral, apresentam um maior risco de desenvolver infeções.
É sabido que o cancro pode reduzir a imunidade e dificultar o combate à infeção de diferentes maneiras:
- O cancro, ou o seu tratamento, podem diminuir o número de células do sistema imunitário que atacam os germes.
- Os tratamentos contra o cancro, incluindo radioterapia e alguns medicamentos, podem enfraquecer a pele ou as membranas que revestem a boca e o trato digestivo; isso pode permitir que alguns tipos de germes invadam o corpo com mais facilidade. Contudo, ainda não é claro de que forma isso afeta o risco em pessoas com COVID-19.
Apesar de, até agora, os dados mostrarem que crianças com cancro que tenham sido infetadas com COVID-19 se mantenham relativamente bem, não deixa de ser possível que sejam afetadas por uma doença mais grave, pelo que é necessária uma observação cuidadosa.
O que devo fazer se o meu filho estiver imuno-comprometido?
Caso o seu filho tenha um sistema imunitário enfraquecido, ou uma condição crónica de saúde, é importante que sejam tomadas algumas medidas:
- Converse com seu médico sobre o risco da COVID-19 e as necessidades de saúde individuais do seu filho.
- Saiba o que fazer se os sintomas se desenvolverem. Ligue antes de ir ao médico, exceto em casos de emergência.
- Certifique-se que tem medicamentos e suprimentos médicos disponíveis, caso seja necessário permanecer em isolamento devido a um surto ou quarentena. Converse com o seu médico sobre as várias opções disponíveis que tem para obter esses mesmos medicamentos.
- Questione o seu médico sobre as próximas consultas médicas.
- Limite a sua exposição ao vírus, evitando viagens, multidões, lugares públicos e contacto com pessoas, especialmente aquelas que podem estar infetadas; por outras palavras, promova o distanciamento social.
- Observe os sintomas.
- Conheça os sinais de alerta que requerem cuidados de emergência.
Como ajudar a prevenir a COVID-19?
Existem várias formas de se proteger a si e aos outros contra a COVID-19:
- Lave as mãos com frequência, especialmente depois de estar em locais públicos. Lave as mãos sempre que tossir, espirrar ou assoar o nariz. Use água e sabão e esfregue por, pelo menos, 20 segundos.
- Se você não tiver acesso a água e sabão, use um desinfetante para as mãos que contenha pelo menos 60% de álcool. Cubra todas as superfícies das mãos e esfregue-as até ficarem secas.
- Evite tocar no rosto, boca, nariz e olhos.
- Uma vez que a COVID-19 é transmitida por meio de gotículas, provenientes de espirros ou tosse, evite contato próximo com pessoas.
- Cubra a tosse e os espirros, e lave imediatamente as mãos.
- Use uma máscara conforme recomendação do médico. Se o seu filho for uma criança imuno-comprometida, pergunte aos seus médicos sobre o tipo de máscara necessária e as instruções de uso.
- Limpe e desinfete as superfícies que são tocadas com frequência.
Fonte: Together/ St. Jude Children’s Research Hospital/World Health Organization