Depois de uma dura luta contra um cancro infantil, Courtney Pette mostrou que não existem impossíveis e, recentemente, tornou-se médica no mesmo hospital onde, anos antes, havia recebido tratamento.
Aos 15 anos, a Courtney foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin, depois de os médicos terem encontrado um tumor atrás do coração da jovem.
“Lembro-me de ter ficado muito nervosa. Não sei se só por mim, ou também pela minha família, que estava ainda mais nervosa do que eu. O espirito dos meus familiares deixou-me inquieta: não queria que eles estivesse nervosos, com medo ou chateados, porque eu sabia que íamos ultrapassar tudo aquilo”, conta Courtney.
A terrível experiência trouxe, ainda assim, algo de positivo na vida da hoje médica: “os cuidados que recebi no Texas Children’s Hospital ajudou a moldar o meu sonho de me tornar uma oncologista pediátrica”.
“Sinceramente, não me lembro de a Courtney ter chorado uma única vez”, recorda Zoann Dreyer, especialista em hematologia-oncologia pediátrica do Texas Children’s Hospital, que acompanhou os tratamentos de Courtney.
“Lembro-me da primeira vez que ela me disse que queria ser médica. Foi logo no início dos tratamentos. E eu acreditei logo naquilo. A Courtney foi uma guerreira: ela foi submetida a 4 meses de quimioterapia (muito intensiva) e depois a radioterapia e, mesmo assim, quando ela se sentia bem, ela ia jogar ténis. Foi uma força da natureza”.
Felizmente, Courtney entrou em remissão.
Mas aquele período da sua vida inspirou-a a frequentar o curso de medicina no Baylor College of Medicine – atualmente, a jovem médica está a concluir a sua residência no Texas Children’s Hospital, com a mentoria da mesma médica que a tratou.
“Espero que a minha história de vida dê alguma esperança aos meus pacientes. Quero poder dar-lhes essa esperança e mostrar-lhes que temos razões para sermos otimistas – é possível chegarmos ao fim deste túnel”, disse, confiante, Courtney.
Fonte: ABC