As consultas de 20 minutos são insuficientes para que os doentes oncológicos compreendam a doença, afirma a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
A Liga considera que as consultas de oncologia têm que ter duração suficiente para que o doente e familiares possam ficar esclarecidos sobre as alternativas terapêuticas existentes e, desta forma, poderem decidir conscientemente qual o tratamento mais adequado.
“A nós [LPCC] preocupa mais incutir no doente que tenha um papel ativo na decisão, no que vai acontecer, nos atos médicos participados, e que a equipa médica olhe para o doente e não para a doença. Há pouco tempo para o diálogo com o doente e é necessário. Não é possível com 20 minutos para cada doente”, afirmou o médico oncologista Carlos Oliveira, presidente do Núcleo Regional do Centro da LPCC.
Segundo explicou o especialista, esta é uma das alterações possíveis e necessárias na área da oncologia, que assiste a um aumento dos casos de cancro, mas também do número de sobreviventes, e que precisa de mudar o paradigma dos cuidados médicos, centrando-os no doente e não na doença.
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