De acordo com a médica da equipa intra-hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, este desconhecimento deve-se, em parte, à escassa informação sobre cuidados paliativos, mas também ao facto de os médicos que referenciam os doentes para consulta no Centro Hospitalar Lisboa Norte não terem “o tempo disponível e suficiente para explicar” em que consistem estes cuidados.
Alguns dos doentes manifestam receio da morte quando chegam à consulta, revela a especialista, que considera que a “obrigação” dos profissionais é explicar-lhes que a sua intervenção está direcionada para dar respostas às suas necessidades que são únicas e individuais de cada doente e de cada família.
Na opinião de Filipa Tavares, “os cuidados paliativos têm de transmitir essa capacidade de intervir de uma forma mais precoce na doença avançada”, mas considera que ainda há muito a para “melhorar o bem-estar do doente e ajudar as famílias a lidar com doenças que trazem sofrimento físico e não só”.
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