Concretizar sonhos aumenta capacidade de crianças doentes enfrentarem problemas

Um estudo da associação Terra dos Sonhos conclui que a concretização dos sonhos, em crianças que sofrem com doenças crónicas, ajuda-as a ter mais confiança no futuro e a serem mais felizes e optimistas, além de as dotar de uma maior capacidade para enfrentar problemas.

O estudo “O Poder de Sonhar” está a ser conduzido pela Terra dos Sonhos, no sentido de determinar qual o verdadeiro impacto emocional, psicológico e sociológico da realização do sonho nas crianças e adolescentes com doenças crónicas e/ou avançadas, um estado clínico que afecta aproximadamente 15% a 20% de indivíduos com menos de 18 anos.

O projecto, conduzido pela psicóloga Joana Ribeiro de Carvalho, e apresentado no passado dia 18, incide especificamente sobre 30 crianças, mas pretende atingir cerca de 100 a 150, bem como os seus familiares. Além dos investigadores envolvidos, o projecto conta com dois consultores científicos, o Professor Gentil Martins e a psicóloga da Universidade de Lisboa, a Professora Helena Marujo.

“O dia de sonho é um dia mágico. Mas acabou por nos indicar que vai muito mais além da emoção presente. É toda a vida a partir daquele dia que ficou completamente transformada. Estamos muito satisfeitos com os resultados preliminares obtidos e esperamos concluir com sucesso o estudo, após o qual queremos iniciar um projecto de intervenção de felicidade – através da implementação de Suporte Psico-Social e Emocional nas crianças com doenças crónicas e/ou avançadas,” comentou Joana Ribeiro de Carvalho, da Terra dos Sonhos.

De todas as crianças abrangidas por esta pesquisa, 60% passou a ter mais confiança no futuro, após a realização do seu sonho. Mais de 70% das crianças refere o aumento da aceitação da doença e maior facilidade em enfrentar problemas e 81% dizem que dão mais valor à vida do que antes da realização do sonho.

O projecto conclui deste modo que os factores referidos acabam por ter consequências não só no bem-estar psicológico, mas também físico, já que as crianças acabam por reagir melhor aos tratamentos.

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