Compostos de tintas usadas nas tatuagens podem causar cancro

Cientistas britânicos alertam que a tinta usada nas tatuagens pode conter substâncias químicas que provocam cancro e instou o governo do país a introduzir leis capazes de proteger os cidadãos neste sentido.
De acordo com estudos recentes, as nanopartículas das tintas podem penetrar na corrente sanguínea, gerando uma acumulação de toxinas no baço e nos rins, com efeitos potencialmente nocivos.
A nova pesquisa da Universidade de Bradford, no Reino Unido, apoia outros estudos já realizados nos Estados Unidos e na Dinamarca, que indicavam que a tinta da tatuagem continha vestígios de substâncias químicas cancerígenas, incluindo cobalto e mercúrio.
Os especialistas britânicos defendem uma nova legislação que permita alertar as pessoas para os potenciais perigos da tinta usada nas tatuagens, fornecendo informações sobre as toxinas.
Desmond Tobin, do Centro para as Ciências da Pele da Universidade de Bradford, que conduziu a pesquisa mais recente, admitiu ao Sunday Times ter ficado “francamente chocado” quando descobriu “que não existe regulamentação sobre estes corantes”. O responsável defende que “não devemos esperar 20 anos para confirmar se há algo de errado com estas substâncias”.
Jorgen Serup, professor de dermatologia do Hospital Universitário de Copenhaga, na Dinamarca, tinha identificado, num estudo anterior, substâncias químicas cancerígenas em 13 das 21 tintas de tatuagem mais utilizadas na Europa. “Milhões de europeus estão a ser tatuados com substâncias químicas de origem desconhecida”, sublinha.
Os fabricantes europeus de tinta de tatuagens acreditam que cerca de 5% dos tatuadores europeus utilizam tinta tóxica, e exigem que os reguladores europeus obriguem os fabricantes a realizarem avaliações de risco aos seus produtos, tornando públicos os resultados.
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