Composto extraído de árvore nativa do Brasil eficaz contra células de leucemia

Um grupo de cientistas brasileiros descobriu que um composto presente na árvore ipê (do género Tabebuia), nativa da América do Sul, sobretudo do Brasil, revela capacidade para combater diferentes tipos de leucemia (tipo de tumor que afeta o sangue).
Os investigadores do Instituto Oswaldo Cruz e da Universidade Federal Fluminense referem que o composto quinona, presente nestas árvores, usado em combinação com a substância triazol, deu origem a três moléculas específicas que revelaram eficácia a combater os glóbulos brancos leucémicos, sem afetar as células saudáveis.
Num artigo publicado no European Journal of Medicinal Chemistry, a equipa destaca que a descoberta pode levar ao desenvolvimento de terapêuticas de elevada eficácia no combate a diferentes tipos de leucemia, incluindo a leucemia linfoide aguda – mais comum em crianças e com prognóstico melhor – e duas linhagens de leucemia mieloide aguda – mais raras, mas responsáveis pelos casos mais graves. 
As moléculas terapêuticas revelaram comportamentos distintos em relação à sua eficácia no combate aos diferentes tipos de leucemia: uma das moléculas revelou, por exemplo, 19 vezes maior eficácia no combate às células da leucemia linfoide.
Os resultados são promissores, mas a equipa sublinha que há ainda muito trabalho pela frente e que, mesmo equacionando a possibilidade de criar um novo tratamento com base nestas moléculas, este composto poderá demorar dez anos a ser comercializado.
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