Como lidar com o luto de um filho durante o Natal: o testemunho da família Witsoe

Katie Witsoe descreve os dias que se sucederam à morte do seu filho Sean como “um período de névoa”. Após uma batalha de 18 meses, Sean, com 5 anos, sucumbiu a um meduloblastoma.

Ao mesmo tempo que todo o mundo celebrava o Natal, a Katie e o seu marido sentiam-se uns verdadeiros “forasteiros perdidos na dor”.

“Mas tínhamos mais 4 filhos, e tivemos que sorrir, e tentar que eles tivessem um Natal feliz. Claro, nos primeiros anos, a dor era muito forte. Quando alguém perde um filho, tudo deixa de parecer normal. A felicidade que víamos nos outros parecia exagerada… como era possível que alguém estivesse tão feliz quando eu e o meu marido apenas estávamos a tentar sobreviver?”.

Após a perda do seu filho, Katie recorda que uma das partes mais desafiadoras do processo de luto foi sentir que as pessoas que não sabiam o que lhe dizer durante esta época.

“É difícil ver alguém sofrer”, diz Katie. “As pessoas querem que nos sintamos melhor. Mas nada do que façam ou digam nos vai fazer sentir melhor. Porque tudo o que realmente queremos é que o nosso filho volte a estar connosco”.

Para esta mãe, uma das coisas que a fez voltar a sorrir foi quando as pessoas começaram a não ter medo de voltar a dizer o nome do Sean.

“Quando alguém me falava dele, me dizia que se lembrava dele, isso dava-me esperança. Fazia-me sentir que ele não iria ser esquecido, que ele, embora de uma forma diferente, ainda está connosco”.

Eventualmente, a névoa de tristeza começou a dissipar-se.

“Hoje em dia sinto um tipo diferente de alegria quando penso no Sean”, diz. “Não penso em quando ele estava doente e a morrer. Lembro-me dos nossos tempos felizes. Já consigo assistir a vídeos e sorrir. Já não fico apenas sentada e a chorar.”

Cerca de uma década após a morte de Sean, Katie continua a sentir o seu filho muito presente na sua vida.

“Não falamos dele todos os dias, mas quando falamos, eu, o meu marido e os meus filhos, sentimo-nos felizes. E para mim, ajuda-me sentir que, mesmo tendo partido tão pequenino, ele deixou um impacto tão grande e tão bom nas nossas vidas”.

Fonte: USA Today

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