Jesenia Perez estava grávida na época em que o seu filho, Sebastian, faleceu vítima de leucemia linfoblástica aguda, com apenas 10 meses de idade.
Depois de uma luta emocionalmente extenuante travada no St. Jude Children’s Research Hospital, que incluiu agressivos tratamentos de quimioterapia, Jesenia só se queria refugiar na sua casa.
O seu marido, Hector, usou o seu período de férias para tentar animar a sua mulher, após a devastadora perda.
“Foi uma montanha russa de emoções. Ao mesmo tempo que estava grávida, perdi um filho. Foi muito difícil”, recorda Jesenia.
“O Sebastian morreu pouco antes das férias de Natal. Com ele, levou toda a minha energia, ânimo e felicidade. Tive aa sorte de ter um marido maravilhoso que nunca desistiu de lutar por mim. Tive a sorte de ter uma pessoa que me apoiou incondicionalmente, que me deu toda a força do mundo, mesmo quando ele próprio não a tinha”.
Hoje em dia, um dos bens mais preciosos de Jesenia é o memorial que fez em honra de Sebastian.
Nesta época de Natal, esta mãe faz questão de colocar um símbolo natalício na campa do filho e mesmo na lareira, juntamente com as meias dos seus outros filhos, ainda lá está a meia natalícia do Sebastian.
“Ele ainda está connosco. Sei que, onde quer que ele esteja, ele está a sorrir e a cuidar de nós”.
“Encontrei alegria nas decorações natalícias. Todos os anos decoro a minha casa para o meu filho. É algo que me deixa feliz, que me ajuda a combater esta sensação de luto que teima em não passar”.
Justin Baker, médico no St. Jude Children’s Research Hospital, defende que o “casamento entre a dor e a esperança é essencial para as famílias”.
“A esperança é uma das coisas mais importantes que temos na vida, e é por isso que, embora possa não parecer saudável, nós encorajamos que as mães em luto continuem a ter uma ‘relação’ com os seus filhos”.
Ao longo do tempo, Jesenia aprendeu a aceitar que as suas emoções vêm em “ondas” durante o processo de luto – “num momento estou muito bem, e no outro sinto-me a desmoronar. Mas ajuda-me muito falar sobre o meu filho”.
“Gosto de acreditar que ele está bem e em paz. Que ele não está a sofrer. Às vezes as pessoas não sabem o que me dizer quando, por acaso, falam dele e eu desabo em lágrimas. Mas digo-lhes sempre ‘Não tem mal, obrigado por falarem dele. É sinal que ele ainda está connosco, que ela ainda está presente nos vossos corações, tal como está no meu”.
Fonte: USA Today