De acordo com a diretora do serviço de oncologia do Hospital Pediátrico de Coimbra, Fátima Heitor, foram registados 70 novos casos de cancro infantil na instituição em 2017.
“Tenho a impressão que o acréscimo de novos tumores se deve ao aumento dos fatores de risco ambientais, como a poluição, aliado a uma maior fragilidade das crianças e jovens aos mesmos fatores agressores”, disse Fátima Heitor.
O Hospital Pediátrico de Coimbra, que integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), efetuou 480 internamentos e realizado 4 mil consultas no ano transato.
Segundo o registo oncológico português, todos os anos são diagnosticados cerca de 400 crianças e adolescentes com cancro em Portugal; os dados registados em Coimbra encontram-se dentro da média nacional sendo que, o numero de diagnósticos de linfomas e leucemias estão a aumentar.
Porque o cancro pediátrico continua a ser a primeira causa de morte não acidental na população infantojuvenil em Portugal, o Hospital Pediátrico de Coimbra vai receber no sábado, dia 24 de fevereiro, o 4.º Seminário de Oncologia Pediátrica.
Organizado pela Fundação Rui Osório de Castro, esta será a primeira vez que o certame se realiza em Coimbra.
“Este ano decidimos ir para Coimbra e no próximo para o Porto, pois a ideia é estarmos cada vez mais perto dos doentes e proporcionar um ponto de encontro de toda a comunidade que trabalha ou que tem, de alguma forma, a ver com o cancro infantil”, disse Cristina Potier, diretora-geral da Fundação Rui Osório de Castro.
No seminário serão discutidas “todas as questões que têm a ver com o pós-doença: as possíveis sequelas, a parte social, o regresso à escola e à vida normal”, cobrindo “quase todo o processo de tratamento de uma criança”. A escolha dos temas foi feita tendo em conta o “feedback” e testemunho de pais.
O 4º Seminário de Oncologia Pediátrica destina-se a pais, familiares e amigos de crianças com cancro.
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