Cientistas usam células da pele para eliminar tumores cerebrais

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, estão a testar uma técnica que permite transformar células da pele em células-tronco que “caçam” células tumorais. Testes realizados em ratinhos revelaram a sua eficácia no combate a células cancerígenas remanescentes de glioblastoma, um tipo de cancro cerebral, no cérebro.
Os glioblastomas são tumores agressivos, de rápido crescimento que formam astrócitos, células que compõem o tecido de suporte do cérebro. Os astrócitos reproduzem-se rapidamente e são apoiados por uma grande rede de vasos sanguíneos, razão pela qual este tipo de cancro relativamente raro pode tornar-se tão difícil de tratar.
“Queríamos descobrir se essas células-tronco neuronais induzidas poderiam ser usadas ​​para administrar um agente terapêutico”, revela Shawn Hingtgen, um dos autores.
O relatório publicado na revista Nature Communications descreve a técnica que consistiu na reprogramação de células da pele, designadas por fibroblastos, para se tornarem células-tronco neurais e produzirem uma proteína que mata tumores.
As células foram inseridas nos ratinhos e mantidas na região afetada utilizando uma matriz física, de modo a mantê-las durante o tempo necessário para que pudessem procurar as células cancerígenas na área. Dependendo do tipo e da localização específica do tumor, os investigadores observaram que a terapia aumentou a sobrevivência dos animais entre 160% e 220%.
Futuras pesquisas incidirão agora sobre o uso de células-tronco humanas e testes com medicamentos anti-cancerígenos mais eficazes que possam ser emparelhados com as células-tronco neurais reprogramadas.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão

Deixe um comentário

Newsletter