acreditam ter identificado, num estudo inédito, a origem da formação de
metástases, resultados que permitem novas abordagens no desenvolvimento
de terapias contra o cancro.
Até agora, a real origem da propagação metastática em certos órgãos era desconhecida, pois ainda nenhum estudo tinha descoberto de que modo as células eram capazes de penetrar no tecido de outros órgãos através da corrente sanguínea.
Os cientistas referem que determinadas células cancerígenas manipulam os recetores no endotélio dos vasos sanguíneos, que funcionam como “porteiros”. As células tumorais são capazes de produzir quimiocinas – mensageiros intercelulares que desempenham um papel chave no sistema imunológico alertando os glóbulos brancos de defesa imunológica para atuarem rapidamente.
Até aqui, os níveis elevados da quimiocina CCL2, própria dos tumores, indicavam que o tumor ter-se-ia tornado forte. Com base em experiências in vivo e in vitro em ratos de laboratório, os cientistas concluíram que os níveis de CCL2 representam afinal muito mais do que apenas a indicação da agressividade do tumor.
A quimiocina CCL2 ativa um recetor de células cancerígenas e permite a saída da corrente sanguínea para entrar noutros órgãos, provavelmente modelando e alterando a permeabilidade dos vasos sanguíneos durante a resposta imune do corpo.
“Se conseguirmos impedir que as células cancerígenas possam sair da corrente sanguínea, a metástase pode ser combatida diretamente”, concluem os investigadores.
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