Um grupo de cientistas internacionais está a questionar a segurança e fiabilidade do uso de cobaias em pesquisas sobre cancro, as quais são geneticamente modificadas para desenvolverem tumores cancerígenos.
Numa pesquisa recente, os pesquisadores avaliaram e compararam a estrutura e funcionamento dos tumores cancerígenos de cobaias usadas em estudos sobre o cancro com amostras de tipos de tumores que afetam os humanos.
Num artigo publicado na revista científica Epigenetics, os autores da pesquisa afirmam que os resultados foram dececionantes.
“Em contraste com as amostras humanas foram detetados [nos tumores das cobaias] muito poucos genes com hipermetilação do ADN específica para o cancro e, em quase todos os casos, o grau de metilação foi relativamente modesto em comparação com a hipermetilação densa verificada nos tumores cancerígenos dos humanos”, sublinhou Scott Diede, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, um dos autores da investigação.
Os dados apurados mostraram, desta forma, que a metilação do ADN é significativamente diferente entre os tumores dos modelos animais e o cancro humano.
“Estes resultados fornecem uma oportunidade tanto para compreender melhor o mecanismo alterado de metilação do ADN no cancro humano, como para criar melhores modelos de animais geneticamente modificados para servir como plataformas pré-clínicas para o desenvolvimento de terapias” oncológicas, frisou o pesquisador.
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