Nos últimos anos, os especialistas deste hospital têm centrado a sua atenção em perceber a natureza do conjunto de células cancerígenas presentes no momento do diagnóstico e da recidiva da doença.
O autor principal do estudo lembra a importância de perceber se, quando o doente é diagnosticado com leucemia linfóide aguda, cada célula tem a mesma mutação ou há subpopulações de células que podem ter diferentes alterações genéticas, avaliando ainda se isso influencia a forma como estas se comportam.
A investigação encontrou diferenças nos perfis genéticos nestas duas fases distintas (diagnóstico e recidiva). “A maioria dos doentes, quando diagnosticados, tinham vários conjuntos de células no seu corpo, algumas das quais mais resistentes à quimioterapia”.
Um outro estudo recente do Hospital Pediátrico de St. Jude, realizado em colaboração com investigadores da Universidade de Toronto e do Instituto de Cancro de Ontario, no Canadá, forneceu evidências de que as células de leucemia iniciais ramificam-se em subtipos diferentes, o que pode ditar o prognóstico e o resultado do tratamento.
Os cientistas explicam que “algumas dessas alterações só podem estar presentes em níveis extremamente baixos no momento do diagnóstico”, pelo que defendem a possibilidade de identificar essas mesmas alterações a fim de permitir uma abordagem mais específica do tratamento.
As dificuldades podem agora passar por criar tecnologias capazes de detectar mudanças estruturais e mutações sequenciais a níveis muito reduzidos, refere o artigo da revista Nature.
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