Cientistas de um laboratório situado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, criaram um pequeno dispositivo sem lentes que usa a holografia para identificar células cancerígenas, bem como um aparelho leve e compacto que converte um smartphone comum num microscópio de fluorescência avançada capaz de detetar e medir moléculas de ADN individuais.
A equipa, liderada por Aydogan Ozcan, criou o microscópio sem lentes que funciona através de um laser ou diodo emissor de luz para iluminar uma amostra de tecido ou sangue, colocada sobre uma lâmina e inserida no dispositivo. Um sensor de matriz semelhante a uma câmara de telemóvel por microchip capta e grava o padrão de sombras criado pela amostra.
O dispositivo processa esses padrões como uma série de hologramas, formando imagens 3D do modelo e dando aos médicos uma visão virtual da profundidade de campo. Um algoritmo gera, posteriormente, códigos de cor com as imagens reconstruídas, tornando os contrastes nas amostras mais visíveis, a fim de facilitar a identificação de anomalias.
O aparelho pode levar à criação de uma tecnologia portátil menos cara e mais eficaz para a realização de exames de tecido, sangue e outras amostras biomédicas.
A segunda invenção assume-se, por outro lado, como uma nova unidade de microscopia móvel impressa com 3D ótico, que usa a câmara do telemóvel para visualizar e medir o comprimento de cadeias de ADN marcadas com fluorescência, a partir de uma única molécula. Os resultados da deteção de ADN e da medição do comprimento podem ser observados no telemóvel e em computadores remotos ligados ao servidor da UCLA.
“A capacidade de traduzir essas e outras técnicas de microscopia e de deteção existentes para um campo portátil pode possibilitar inúmeras aplicações para as áreas de medicina e saúde global”, refere Aydogan Ozcan.
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