Cientistas investigam tumores sólidos em crianças para desenvolver tratamentos mais eficazes e menos agressivos

O Instituto de Investigação do Cancro (ICR, na sigla em inglês), no Reino Unido, anunciou que recebeu o prémio Cancer Grand Challenges (CGC) no valor de cerca de 23 milhões de euros para investigar tumores sólidos em crianças, com vista a desenvolver tratamentos mais eficazes e menos agressivos contra estes tipos de cancro.

Lançado pela primeira vez em 2020 pela Cancer Research UK (CRUK) e pelo Instituto Nacional do Cancro (NCI, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, este financiamento permite agora reunir 1 200 investigadores e 16 equipas em todo o mundo para combater de forma mais eficaz 13 tipos de cancros sólidos pediátricos.

Atualmente, o cancro é a principal causa de morte por doença entre crianças em todo o mundo e a maioria dos resultados para alguns cancros infantis não melhorou em mais de três décadas, sublinharam os cientistas.

A equipa de cientistas pretende explorar tratamentos novos, menos invasivos e mais direcionados para crianças afetadas por estas patologias.

Durante os próximos cinco anos, o projeto PROTECT, que envolve especialistas do ICR e do Hopp Children’s Cancer Center Heidelberg, na Alemanha, utilizará estratégias de degradação de proteínas para atingir os fatores anteriormente incontroláveis do cancro infantil.

Os investigadores querem usar uma nova técnica direcionada focada na degradação de oncoproteínas, em vez de desligar a sua função, para tratar estes tipos de cancro pediátrico.

Composta por dez instituições de cinco países, a equipa integra médicos, defensores dos doentes e cientistas com experiência em oncologia pediátrica, degradação proteica direcionada, rastreio químico de alto rendimento, química médica, biologia estrutural, biologia tumoral, testes pré-clínicos de medicamentos e ensaios clínicos.

“Precisamos de novas abordagens de tratamento inovadoras para crianças com cancro que sejam eficazes e tenham poucos efeitos colaterais”, disse Louis Chesler do ICR, acrescentando que “estas equipas internacionais terão um impacto monumental na investigação de tumores pediátricos”.

Fonte: Pharmatimes

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