Uma equipa de pesquisadores norte-americanos identificou uma ligação genética para o risco de desenvolvimento de leucemia linfoblástica aguda, um tipo de tumor que afeta o sangue e que é frequente em idade pediátrica, com maior incidência entre os 2 e os 4 anos de idade.
O grupo de pesquisa, formado por membros do Centro Oncológico Memorial Sloan-Kettering, da Universidade de Washington, do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude e de outras instituições norte-americanas, publicou as suas descobertas na revista Nature Genetics.
O artigo onde é descrito o estudo indica que os profissionais de saúde descobriram uma ligação genética depois de terem identificado uma mutação em duas famílias não relacionadas entre si, tratadas em diferentes hospitais.
A mutação herdada surge associada a um gene conhecido como PAX5, sobre o qual já tinham recaído suspeitas de ligação a alguns tipos de cancro que afetam as células B, tais como a leucemia linfoblástica aguda.
A pesquisa mostra que a mutação interfere com a forma como o gene atua normalmente. Ao estudar os indivíduos com a mutação, a equipa descobriu que uma das duas cópias do PAX5 não estava presente; em vez disso, cada participante tinha apenas a versão que sofreu a mutação.
Kenneth Offit, um dos autores do estudo, do Memorial Sloan-Kettering, disse que a descoberta pode ajudar as famílias afetadas a impedirem o desenvolvimento da leucemia nas gerações futuras.
Embora os resultados do estudo tenham identificado uma base genética para este tipo de leucemia na infância, os investigadores sublinham a necessidade de descobrir agora a percentagem de pacientes que têm uma mutação PAX5.
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