Através do mapeamento da evolução genética das células cancerígenas de sete pacientes com síndromes mielodisplásicas, que mais tarde morreram de leucemia aguda, os cientistas encontraram indícios que sugerem que medicamentos contra este tipo de cancro devem ter como alvo as mutações que se desenvolvem no início da síndrome.
A pesquisa, publicada no New England Journal of Medicine, consistiu num sequenciamento de todo o ADN das células tumorais dos pacientes ao longo do tempo. Embora algumas células cancerígenas tenham adquirido novas mutações à medida que a doença evoluía, estas mantiveram sempre o conjunto original de mutações que as tornaram células tumorais numa primeira fase.
Esta descoberta, que deve ser confirmada em estudos maiores, sugere que compostos direcionados a mutações de cancro poderiam ser mais eficazes se tivessem como alvo as mudanças genéticas originais nas células cancerígenas.
A equipa de cientistas sequenciou os genomas das células cancerígenas depois de os pacientes terem desenvolvido leucemia mieloide aguda e verificaram que as mutações estavam presentes quando os mesmos pacientes foram diagnosticados com síndromes mielodisplásicas.
Os resultados mostram claramente “que as síndromes mielodisplásicas são verdadeiramente uma forma precoce de cancro”, afirma o principal autor do estudo.
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