Cientistas canadianos criam método que ajuda a prevenir recaída da leucemia

Uma nova pesquisa publicada no Journal of Experimental Medicine pode fornecer um novo caminho para o tratamento de leucemia mieloide aguda (LMA) – um tipo de cancro que afeta o sangue – e uma explicação para a elevada taxa de reincidência da doença.
O estudo, do Instituto Oncológico de Ontario, no Canadá, identificou uma interação proteica que limita a resposta imune do organismo à leucemia, tendo criado um método inovador para contrariar esta inibição.
A pesquisa conclui que a proteína CD47, que se encontra na superfície das células da leucemia, liga-se a uma outra proteína, a SIRPα, fazendo com que os macrófagos (células do sistema imunitário) desenvolvam tolerância imunológica às células deste tipo de cancro.
Os investigadores fizeram testes em ratinhos que expressavam variantes da proteína SIRPα com capacidade diferencial para se ligar à CD47 humana e concluíram que, quando a sinalização dava a SIRPα como ausente, os macrófagos conseguiam eliminar as células-tronco de leucemia humana. Esta descoberta é importante, pois acredita-se que a reincidência da doença é dirigida pelas células-tronco da leucemia que sobrevivem à quimioterapia convencional.
A equipa está agora a trabalhar para desenvolver terapias de tratamento da leucemia com base na alteração da sinalização da proteína SIRPα, permitindo assim que os macrófagos do próprio paciente sejam capazes de remover quaisquer células-tronco da doença que sobrevivam às terapias convencionais.
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