Cientistas avançam na compreensão do rabdomiossarcoma

Investigadores do Cold Spring Harbor Laboratory, nos Estados Unidos, têm trabalhado incansavelmente para compreender a biologia do rabdomiossarcoma (RMS), um tipo de cancro pediátrico que afeta os tecidos moles.

Agora, recorrendo a uma ferramenta de edição genética aprimorada, os cientistas conseguiram interromper um sinal na proteína denominada NF-Y, fazendo com que as células cancerígenas deste tipo de tumor se diferenciassem em células musculares normais, uma conversão que abre portas a novos tratamentos mais eficazes contra o rabdomiossarcoma.

Os investigadores descreveram como as células do RMS eram pequenas e redondas, e, depois de interromper o sinal nessa proteína, “as células diferenciadas tornam-se alongadas e fusiformes, formando aquelas longas estruturas tubulares”, explicaram.

Embora esta investigação represente um passo importante na luta contra a doença, mais estudos devem ser realizados para que a descoberta possa levar ao desenvolvimento de tratamentos mais eficazes contra a patologia. É necessário ressalvar que outras investigações já realizadas tinham indicado que a interrupção do NF-Y poderia prejudicar as células normais.

Uma potencial alteração terapêutica no NF-Y poderia ser transitória e provavelmente incluiria tratamentos complementares como abordagem cirúrgica, de radiação ou biológica para remover as células RMS convertidas, explicaram os autores do estudo.

No entanto, a investigação, publicada recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, oferece uma linha de investigação que pode levar a novas descobertas fundamentais para o desenvolvimento de terapias inovadoras.

“Ser capaz de juntar as peças do quebra-cabeça e descobrir este mecanismo, que poderá ter implicações mais amplas, não apenas para a nossa compreensão básica da biologia da doença, mas também para possíveis novas abordagens terapêuticas, foi extremamente gratificante”, afirmou a investigadora Martyna Sroka.

“Espero que, com o tempo, isso se traduza em novas opções terapêuticas muito necessárias para pacientes pediátricos”, concluiu a cientista.

Fonte: TBRNews Media

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