Cientistas avaliam implicações sociais nos sobreviventes

A maioria dos sobreviventes de tumores embrionários pediátricos consegue superar a doença, sobretudo no que diz respeito à recuperação da sua vida social, especialmente nos primeiros anos após o diagnóstico e tratamento, de acordo com resultados de um estudo prospetivo longitudinal.

Vários fatores, incluindo o risco, tratamento e sintomas depressivos podem ser indicadores-chave da retoma da vida social a longo prazo.

“Apesar da natureza longitudinal do estudo, as perguntas sobre a trajetória contínua de resultados sociais para este grupo particular de sobreviventes continuam sem resposta”, refere um dos cientistas do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude, nos Estados Unidos.

Embora a trajetória de ajustamento social comece a elucidar-nos com informações referentes ao envolvimento destes sobreviventes nas suas relações sociais durante a idade adulta, ainda são necessários mais estudos para perceber os reais impactos dos tratamentos e da própria doença.

Os pesquisadores avaliaram 220 pacientes em vários locais dos Estados Unidos, desde o momento do diagnóstico e depois uma vez por ano. Durante os 5 anos após o diagnóstico e tratamento, poucos pais relataram que os seus filhos apresentavam uma ampla rede de amigos e contactos, mas muitos mantinham uma visa social ativa.

Os pais de pacientes com tratamentos e diagnósticos mais complicados relataram mais problemas sociais entre as crianças, como solidão e comportamentos depressivos ao longo do tempo, em comparação com a média dos doentes.

“O nosso estudo fornece ideias importantes para a compreensão dos fatores associados ao funcionamento social após o diagnóstico e tratamento de um tumor embrionário pediátrico”, ressalvam os autores, que lembram, no entanto, que as respostas comportamentais amplas observadas e a falta de especificidade nos comportamentos limita o desenvolvimento de intervenções específicas.

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