Um grupo de investigadores do Instituto do Cancro Infantil na Austrália identificou uma proteína que ajuda o neuroblastoma infantil a propagar-se e a formar metástases pelo corpo.
A equipa de cientistas sublinha que o sistema promovido pela proteína estatmina funciona de forma semelhante ao do controlo remoto de uma porta de garagem: a proteína envia sinais que permitem que as células cancerígenas possam entrar e sair dos vasos sanguíneos.
A proteína perturba os sinais celulares, permitindo às células tumorais o acesso a outros órgãos afastados do tumor original, segundo descreve o grupo num artigo publicado na revista Oncogene.
A descoberta abre agora caminho a identificação de novos medicamentos anti-cancro que tenham como alvo a proteína.
Maria Kavallaris, líder da pesquisa, explica que a estatmina era conhecida por se ligar aos citoesqueleto; no entanto, a sua equipa descobriu agora que ela permite a propagação das células não através desta via, mas por perturbar sinais químicos na célula cancerígena que permitem criar aberturas nos vasos sanguíneos possibilitando a sua entrada.
O neuroblastoma é o tumor sólido mais comum da infância. Em 70% dos casos, quando diagnosticado, o neuroblastoma já se espalhou para outros órgãos, por isso representa uma reduzida taxa de sobrevivência após cinco anos.
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