Cláudia Faria, uma investigadora portuguesa do Instituto de Medicina Molecular, foi distinguida com um prémio de 12.500 euros no âmbito da Bolsa D. Manuel de Mello, verba essa que será utilizada para uma investigação sobre tumor pediátrico.
Para além de desempenhar a função de investigadora, Cláudia Faria é também neurocirurgiã no Hospital de Santa Maria e coordenadora do Banco de Tumores Cerebrais do Biobanco-iMM.
A Bolsa D. Manuel de Mello, atribuída anualmente, é uma iniciativa da Fundação Amélia de Mello que se destina a premiar jovens médicos, até aos 35 anos, que tenham desenvolvido projetos de investigação clínica, individualmente ou integrados em equipas, no âmbito das unidades de investigação e desenvolvimento das Faculdades de Medicina portuguesas.
No caso da investigadora, o seu projeto prevê o estudo do astrocitoma pilocítico, o tumor cerebral mais comum nas crianças, que embora seja um tumor histologicamente benigno, necessita de tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia em crianças com tumores inoperáveis ou recorrentes, cujos efeitos a longo prazo incluem defeitos neurológicos visuais, motores, neurocognitivos e endocrinológicos.
De acordo com Cláudia Faria, a bolsa com que foi distinguida servirá para “desenvolver novas terapias dirigidas a alvos específicos e com menor toxicidade, melhorando assim o controlo da doença a longo prazo e a qualidade de vida dos doentes”.
A esperança é de que “os resultados deste projeto possam dar um contributo significativo no conhecimento da biologia molecular dos astrocitomas pilocíticos em idade pediátrica e permitam identificar novos fármacos com maior eficácia e baixa toxicidade no tratamento destes tumores cerebrais das crianças”, referiu a neurocirurgiã.
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