A investigadora brasileira Jocimara Camargo da Silva desenvolveu um novo dispositivo para monitorizar o tratamento contra a leucemia linfoblástica aguda, nomeadamente a atividade dos anticorpos em reação à administração da enzima L-asparaginase.
O protótipo do dispositivo foi criado no Laboratório de Química da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, no Brasil, e contou com o apoio do Centro Boldrini, hospital filantrópico especializado em oncologia e hematologia pediátrica localizado em Campinas.
Em causa está um biossensor que pode ser uma alternativa mais barata para monitorizar pacientes em tratamento, sendo de mais fácil utilização e possível aplicação portátil, algo que não é viável atualmente.
A leucemia linfoblástica aguda, conhecida como LLA, é o principal tipo de cancro infantil e o seu tratamento envolve a administração da enzima L-asparaginase no paciente.
Ao receber esta enzima, o organismo pode produzir anticorpos que causam a inibição da atividade da L-asparaginase e atenuam o efeito do tratamento. Desta forma, a monitorização desses anticorpos é essencial para garantir a eficácia da terapia, algo que pode ser realizado através do biossensor agora desenvolvido.
O protótipo do biossensor realiza a leitura eletroquímica de componentes biológicos, método diferente do utilizado atualmente, sendo muito mais rápido, barato e de fácil utilização.
Segundo os investigadores, o dispositivo, apesar de promissor, necessita ainda de ser avaliado em estudos com amostras como sangue humano, antes de ser utilizado em pacientes.
Fonte: A Cidade On