O Serviço de Sangue do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, que ambiciona regressar à autossuficiência, avisa o dador de sangue quando a sua dádiva ajuda a salvar uma vida.
“Caro(a) dador(a), o sangue da sua última colheita foi utilizado hoje para o tratamento de um doente. Muito obrigado”: esta é a mensagem que o Serviço de Sangue do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) envia aos seus dadores nessas alturas.
“O objetivo é criar empatia, incentivar o dador a continuar a doar e a trazer outras pessoas”, descrevem Manuel Figueiredo e Natália Batista, respetivamente diretor e secretária do serviço que também recorreu às redes sociais para “cativar jovens dadores”, uma vez que “os mais antigos e fiéis estão a envelhecer”, mas “a dádiva de sangue não pode esperar”.
O lema do serviço é simples. “Não deve nunca ser o doente a ficar à espera do sangue, deve ser o sangue a esperar pelo doente”, frisa Manuel Figueiredo, acrescentando que, para conseguir não pedir sangue ao exterior, o ideal, para o CHVNG/E, era conseguir em média mais de 30 colheitas validadas por dia.
É algo que não acontece nesta como noutras unidades hospitalares, mas, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, decidiu-se ‘atacar' o problema. A campanha de sensibilização e os apelos foram intensificados e, num ano, a página da rede social Facebook atingiu mais de 14 mil ‘gostos'.
“A página é vista por dadores como uma fonte de informação, uma vez que, através dela, muitas pessoas tiram, de forma confidencial, dúvidas sobre dádivas de sangue. Mas funciona também como rede de interação, já que é frequente a partilha de fotos, de curiosidades e até de vídeos protagonizados por figuras públicas”, indica a unidade.
O Serviço de Sangue do CHVNG/E foi autossuficiente até 2007, mas agora tem capacidade para dar resposta a 89% das suas necessidades, pedindo 11% ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação.
Em 2016, foram realizadas no CHVNG/E 11 898 transfusões de sangue, o que ajudou a tratar 2 273 doentes.
Segundo indicou o CHVNG/E, os doentes politraumatizados e os pacientes com leucemia, por exemplo, necessitam de muitas unidades de sangue.
O Serviço de Sangue desta unidade hospitalar também disponibilizou uma aplicação de telemóvel para os dadores, na qual estes têm acesso a informação sobre dádivas, alertas sobre a altura em que pode dar sangue, resultados de análises e mesmo curiosidades.
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