Células tumorais têm autonomia sobre o próprio metabolismo

Uma pesquisa do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, identificou um novo mecanismo que dota as células do cancro de uma capacidade extraordinária que lhes permite controlar e definir o seu próprio metabolismo, garantindo assim o seu crescimento descontrolado.
Os cientistas norte-americanos concluíram que a enzima Fosfofrutoquinase-1 (PFK1, na sigla em inglês) assume um papel fundamental nesse processo, possibilitando às células tumorais definir o seu metabolismo e assegurar a energia necessária que lhes permite garantir o seu crescimento e proliferação.
Através do composto O-GlcNAc (um tipo de açucar), as células do cancro conseguem manipular a ação da PFK1 de forma a impulsionar o fornecimento de carbono e nitrogénio para a massa tumoral, permitindo o seu desenvolvimento e crescimento. 
Os pesquisadores conseguiram também bloquear a alteração na PFK1, com o auxílio de modelos computacionais, diminuindo a proliferação de células cancerígenas.
A descoberta, publicada na revista Science, indica que, num próximo passo, a intenção dos cientistas é tornar este mecanismo num alvo para novos tratamentos oncológicos. 
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