Os especialistas do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, no Brasil, e da Faculdade Médica Weill Cornell, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, descobriram que as células cancerígenas têm capacidade para libertar no organismo uma espécie de “bolhas” que facilitam a fixação do tumor, gerando um meio ótimo para o seu desenvolvimento noutras partes do corpo, potenciando a sua metastização.
A descoberta publicada na revista científica Nature Medicine foi feita com base em análises laboratoriais e indicou a presença de exossomos – uma espécie de vesícula – que se formam dentro das células do tumor e que têm na sua composição uma membrana com dupla camada de gordura, que acolhe as células e possibilita o seu desenvolvimento e crescimento.
Os cientistas acreditam que esta descoberta é fundamental na pesquisa sobre o cancro, pois, numa próxima fase, a intenção passa por descobrir um método de bloquear a ação destas vesículas, a fim de travar o desenvolvimento de metástases.
O estudo permitiu ainda determinar a quantidade e o conteúdo destes exossomos, o que ajudará a avaliar a gravidade do tumor e saber mais sobre a sua capacidade de resistência aos tratamentos.
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