Celebrar o Natal em julho? “As crianças com cancro merecem celebrar o Natal todas as vezes que forem possíveis”

Embora as temperaturas estejam bem acima daquelas que habitualmente se registam na época natalícia, uma organização de solidariedade do Texas, nos Estados Unidos, decidiu comemorar o Natal no início deste mês de julho de forma a animar um grupo de famílias que foram afetadas pelo cancro infantil.

O evento, que teve lugar num parque aquático, serviu para trazer mais alegria às crianças.

Ray Sanchez – o organizador do evento e fundador da organização Smiles From Heaven – diz que as crianças que lutam contra o cancro “merecem celebrar o Natal todas as vezes que forem possíveis”.

“Infelizmente, sabemos que, para muitas crianças, esta pode ser a última vez que festejam o Natal. Algumas destas crianças podem não sobreviver até dezembro, e, desta forma, garantimos que todas celebrassem o Natal e, mais importante ainda, pudessem passar o dia com outras crianças e famílias com experiências semelhantes”.

Ao longo dos anos, Ray diz ter visto muitas famílias afetadas pelo cancro pediátrico estabelecerem um vínculo e uma amizade duradouros – “os nossos eventos visam criar um ambiente onde as famílias possam unir-se e apoiar-se umas às outras”.

“As crianças adoraram este Natal improvisado. Algumas não puderam ir a banhos, por causa dos tratamentos – aliás, a nossa principal preocupação é garantir que os tratamentos não sejam, de forma alguma, afetados por este evento. Queremos que as crianças se divirtam, mas pomos sempre a saúde em primeiro lugar”.

Outra coisa que as crianças adoraram foram os presentes.

“Havia muitos brinquedos para as crianças. Ao longo do ano, através de várias campanhas, fomos angariando o máximo de brinquedos possível. Afinal de contas, Natal sem presentes, não é Natal, seja em dezembro ou em julho”, brinca Ray.

Para as famílias, Ray acredita que este é um evento muito importante, uma vez que permite que elas se divirtam, sem que isso tenha quaisquer custos associados.

“Juntámos todas as famílias da região, muitas delas vieram a pé, porque nesta zona tudo é perto. Já chega elas terem que percorrer vários quilómetros até ao local dos tratamentos. Estas famílias já sofrem bastante, têm gastos avultadíssimos. E nós queremos aliviar isso. Aliás, estamos já a trabalhar com os nossos patrocinadores para criar novos eventos, alguns de angariação de fundos, para podermos continuar a ajudar estas pessoas”.

“Temos um compromisso com estas famílias: elas não vão lutar sozinhas, porque nós vamos acompanhá-las a cada passo desta jornada”.

Fonte: LMT Online

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