A Casa da Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro de Lisboa vai ser ampliada este ano para poder receber mais famílias que estão longe do seu domicílio e necessitam de acompanhar os filhos com doença oncológica em tratamento no Instituto Português de Oncologia Francisco Gil de Lisboa (IPO de Lisboa).
O anúncio foi feito por Margarida Cruz, diretora-geral da associação, que referiu que a obra de alargamento da Casa, que, neste momento, tem capacidade para acolher 12 famílias em simultâneo, e com o edifício cedido pela Câmara de Lisboa vai ser possível receber mais 20 famílias.
A responsável destacou que esta ampliação é essencial perante as necessidades das famílias e que o alargamento da Casa já era para ter arrancado, mas atrasou devido à pandemia de COVID-19.
A Casa da Acreditar de Lisboa assinalou 19 anos no dia 1 de abril e Margarida Cruz sublinhou que esta estrutura é essencial para as famílias de crianças com doença oncológica.
Além das crianças portugueses, a Casa também recebe crianças que vêm dos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, ao abrigo de um acordo de cooperação, cujas famílias precisam de “um grande apoio” em termos de alojamento.
O alargamento é, por isso, fundamental para dar apoio às famílias, enfatizou, acrescentando que as famílias, “normalmente, ficam, em média, três anos numa casa”.
Pela Casa da Acreditar de Lisboa, situada junto ao IPO de Lisboa, já passaram 1 695 famílias desde que foi criada. Esta foi a primeira das três casas residenciais fundadas pela Acreditar, à qual se seguiu a Casa de Coimbra e mais tarde a do Porto.
“Estas casas têm uma importância fundamental para as crianças, sobretudo, para aquelas que têm que se deslocar desde as suas casas para os hospitais, dado que só existe tratamento oncológico no Porto, em Coimbra e em Lisboa”, disse Margarida Cruz.
Nas casas da Acreditar, as crianças, os jovens e as suas famílias não pagam nada. Além de terem um quarto com uma casa de banho privativa, têm uma cozinha comum, salas de estar e uma lavandaria. Têm também o apoio emocional que precisam para que os tratamentos possam ser menos dolorosos e a vida destas famílias ser também mais facilitada.
Fonte: Lusa/RTP