Setembro é o mês para a sensibilização do cancro infantil, uma iniciativa que diz muito à família Boyd, afetada pela doença em 2017, quando a filha mais nova, Avira, foi diagnosticada com um rabdomiossarcoma, um tipo de cancro raro dos tecidos moles.
Na altura do diagnóstico, Avira tinha apenas 2 anos de idade; hoje, com 4 anos, a menina encontra-se em remissão há quase 1 ano.
“Quando ouvimos a palavra ‘cancro’, assumimos sempre o pior”, conta Allie Boyd, a mãe da sobrevivente.
“Pensamos sempre que vamos perder os nossos filhos, que vamos deixar de poder estar com eles…”.
Hoje, com a filha livre de cancro, Allie sente-se agradecida por cada momento que passa com Avira. Mesmo em remissão, Avira continua a ser examinada pelos médicos de 3 em 3 meses.
Mas os receios de uma recidiva são grandes…
“É algo com o qual eu ainda estou a tentar lidar. Tento abstrair-me e aproveitar todo o tempo que tenho com a minha filha, mas aquela vozinha teima em aparecer: ‘E se o cancro voltar? E se ela for fazer exames e os médicos descobrirem algo?”.
Mesmo assim, Allie mantém-se firme e forte pela sua filha. Uma mensagem que quer transmitir a todas as famílias afetadas pelo cancro infantil.
“Nós temos que nos apoiar uns aos outros. Temos que partilhar experiências para ajudar outras famílias e dizer que sim, vão existir dias em que nos vamos sentir tristes, outros em que nos vamos questionar ‘Porquê a minha filha/o?”, outros em que vamos sentir raiva. E não nos podemos culpar por isso. Somos humanos, temos direito a ter dias menos bons, especialmente quando nos acontece uma coisa como o cancro infantil.”
Fonte: ABC News