Cancro infantil: estudo analisa relação entre sobreviventes e risco de suicídio

Setembro é o mês internacional de sensibilização para o cancro infantil.

Sobreviventes de cancro infantil têm um menor risco de cometer suicídio, de acordo com os resultados de um estudo publicado na revista Cancer.

Ainda assim, o estudo constatou que esta população tem a mesma prevalência de pensamentos suicidas que a população em geral.

Os cientistas avaliaram a mortalidade por suicídio entre 7 312 sobreviventes de cancro infantil que tinham, pelo menos, 18 anos de idade; todos os participantes avaliados estavam em remissão há, no mínimo, 5 anos desde o seu diagnóstico de cancro.

O estudo analisou os fatores de risco para ideias suicidas entre 3 096 sobreviventes avaliados clinicamente e, de seguida, compararam a prevalência das mesmas ideias com 429 controlos que representavam a população em geral.

Numa segunda fase, foi avaliada a prevalência de suicídio a 12 meses entre 1 255 sobreviventes que puderam ser comparados com dados populacionais.

De acordo com os resultados do estudo, os sobreviventes de cancro infantil relataram uma prevalência semelhante de ideias suicidas a 12 meses em comparação com a população em geral e uma prevalência mais baixa de comportamentos suicidas (incluindo planeamento e tentativas de suicídio) e mortalidade.

Sem surpresa, entre os sobreviventes, os investigadores observaram que a depressão, a ansiedade e o stress financeiro estavam associados a um maior risco de ideias suicida.

“Descobrimos que os sobreviventes de doença oncológica pediátrica correm um risco menor de comportamentos suicidas e mortalidade, embora endossem uma prevalência de ideias suicidas semelhante à da população em geral”, concluíram os autores.

Fonte: Doc Wire News

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