Um diagnóstico de cancro é algo perturbador em qualquer idade, mas mais ainda quando o paciente é uma criança.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, todos os anos, 400 mil crianças e adolescentes, com idades entre os 0 e os 19 anos, desenvolvem cancro; os tipos de cancro mais comummente diagnosticados são leucemia linfoblástica aguda, linfoma de Hodgkin, linfoma não-Hodgkin, neuroblastoma, retinoblastoma, tumor de Wilms, sarcoma de Ewing e osteossarcoma.
“A maioria dos cancros infantis não tem uma causa conhecida”, explica o oncologista pediátrico Parveen Jain.
“No entanto, alguns estão ligados a alterações genéticas e outros a infeções intrauterinas. Os cancros infantis geralmente não são evitáveis ou detetados com triagem. Se detetadas precocemente, as malignidades infantis são altamente curáveis, com uma taxa de cura de 80%. O tratamento, de uma forma geral, envolve quimioterapia, cirurgia e radioterapia, seja como uma modalidade única ou uma combinação dessas”.
Segundo a médica Priyanka Verma, Hemato-oncologista do Regency Superspeciality Hospital, na India, “a taxa de cura do cancro pediátrico é de quase 80%, mas o fato perturbador é que há muito menos consciencialização sobre o cancro infantil, principalmente em países em desenvolvimento – este é um assunto que ainda não é suficientemente abordado”.
Os sintomas de cada tipo de cancro infantil variam, mas “os fatores mais proeminentes em todos eles são o baixo crescimento, baixo ganho de peso e diminuição do apetite. O cancro em crianças é bem diferente do que em adultos em muitos aspetos”.
Priyanka alerta para um problema muitas vezes observado em vários casos de cancro infantil: “como os sintomas podem ser confundidos com várias outras doenças, os pais tendem a automedicar as crianças, acreditando que se trata de, por exemplo, uma gripe – isso resulta, muitas vezes, num diagnóstico tardio, o que diminui bastante a probabilidade de cura”.
Fonte: Hindustan Times