Brasil vai produzir radiofármacos para tratamento e diagnóstico do cancro

O Estado de São Paulo, no Brasil, vai acolher o futuro Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que permitirá a produção de radiofármacos para uso no diagnóstico e tratamento do cancro.
A criação deste reator permitirá ao Brasil não só tornar-se autossuficiente na produção deste tipo de fármacos, como abrirá portas ao avanço de pesquisas científicas e inovações tecnológicas nacionais.
O RMB, que surge de uma parceria estratégica com a Argentina, deverá entrar em funcionamento nos próximos cinco anos e ficará instalado numa área de dois milhões de metros quadrados, ao lado do Centro Experimental de Aramar (CEA), da Marinha do Brasil, na região de Sorocaba.
José Augusto Perrotta, coordenador técnico do RMB, ressalvou, num encontro na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que “a função do Reator, em si, é muito social. Um dos pontos de destaque é a produção de radioisótopos para a Medicina Nuclear, como o molibdénio-99, que é o principal radioisótopo usado” atualmente na área da Saúde.
A necessidade de criar este reator surge depois de, em 2009, a paralisação de um reator canadiano, – até à data o principal fornecedor do Brasil, ter gerado uma crise mundial de fornecimento deste tipo de medicamentos, a qual foi agravada pela interrupção do funcionamento de outros reatores europeus, nomeadamente na Bélgica e na Holanda.
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