O Brasil vai assegurar o tratamento de mais de 3 000 crianças brasileiras que padecem de leucemia linfoide aguda (um tipo de tumor que afeta o sangue), graças a um protocolo de colaboração assinado entre várias entidades e associações do país.
O acordo permitiu ao Ministério da Saúde brasileiro adquirir 52,3 mil frascos do medicamento Elspar (L-Asparaginase), um volume que possibilitará assegurar os tratamentos, durante um ano, às crianças atendidas em unidades do Distrito Federal e nos restantes Estados brasileiros.
A aquisição deste fármaco foi possível graças à parceria mantida entre a tutela da Saúde e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Associação da Medula Óssea (Ameo), Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e Adolescente com Cancro (CONIACC).
O fármaco em causa é usado no tratamento da leucemia linfoide aguda e em alguns casos de linfoma não Hodgkin (LNH), e o Brasil espera, já a partir de 2015, dar início à produção nacional do medicamento, através de uma parceria entre a Fiocruz e vários laboratórios privados.
A necessidade de adquirir esta quantidade de medicamento surgiu depois de o distribuidor brasileiro ter comunicado que o produtor internacional teria suspendido o fabrico do fármaco, o que comprometia os tratamentos, dado que os stocks apenas seriam suficientes para seis meses.
Para promover um maior debate sobre o cancro pediátrico, o Brasil também realizou, no passado sábado, 10 de agosto, o 1.º Simpósio de Oncologia e Hematologia Pediátrica, durante o qual foram discutidos os avanços no diagnóstico e tratamento de doenças onco-hematológicas que afetam crianças e adolescentes.
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