Brain Tumour Research financia nova investigação sobre meduloblastoma

Cientistas britânicos acreditam ter descoberto uma nova forma de privar células cerebrais cancerígenas de obter energia, evitando assim a promoção de um processo contínuo de crescimento.

A descoberta, realizada pelo Brain Tumour Research Centre of Excellence at Queen Mary University of London, no Reino Unido, pode representar um avanço na abordagem de tratamento utilizada em crianças diagnosticadas com meduloblastoma.

Este tipo de cancro cerebral é um dos mais comummente diagnosticados em crianças.

Em média, 70% por casos são curados; contudo, em caso de recidiva, o grau de mortalidade é bastante elevado, atingindo quase os 100%.

Durante a investigação, os cientistas focaram-se no hexafosfato de inositol (IP-6), um composto de ocorrência natural presente em quase todas as plantas e animais, que anteriormente havia mostrado ser capaz de inibir o meduloblastoma por meio da supressão da adaptação metabólica impulsionada pela epigenética.

Publicada na revista Nature Communicatios, a investigação “traz uma nova esperança de que será possível desenvolver novos tratamentos direcionados para pacientes com este tumor cerebral pediátrico bastante agressivo”, disse Silvia Marino, a principal autora.

“Conseguimos perceber de que forma é que o meduloblastoma se adapta ao metabolismo, conseguindo proliferar descontroladamente. Ao termos esta nova noção, também fomos capazes de descobrir como é que podemos bloquear o seu fornecimento de energia”.

Apesar de ainda existir “um longo caminho a percorrer”, os cientistas acreditam que “entre um a dois anos, seremos capazes de dar inicio a um ensaio clínico”.

Para Hugh Adams, da Brain Tumour Research, “os resultados são muito empolgantes, pois revelaram uma nova maneira de a epigenética controlar o metabolismo dentro das células tumorais. É uma ótima notícia e traz uma esperança muito necessária para o futuro”.

Fonte: Brain Tumor Research

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