A equipa de pesquisadores norte-americanos avaliou determinados biomarcadores cardíacos e concluiu que um olhar atento sobre estes indicadores poderia dar aos médicos uma perspetiva de quais as crianças que se encontram em risco mais elevado de virem a ter estes problemas.
A pesquisa avaliou crianças com leucemia aguda tratadas com doxorrubicina, focando o seu estudo em três biomarcadores que indicam danos no coração, a troponina T (cTnT) – um biomarcador lesão cardíaca; N-terminal pro-peptídeo natriurético cerebral (NT-proBNP) – um biomarcador cardiomiopatia; e elevada sensibilidade à proteína C reativa (PCRus), uma doença inflamatória.
Os cientistas descobriram que os níveis de cTnT e NT-proBNP foram aumentados em crianças que receberam doxorrubicina, o que sugere danos no coração ou até mesmo a morte do músculo cardíaco.
O aumento dos níveis de biomarcadores foi também relacionado com alterações na espessura da parede do coração quatro anos mais tarde, o que indica danos a longo prazo e aumento do risco de problemas cardíacos no futuro, segundo a pesquisa publicada no Journal of Clinical Oncology.
Embora sejam necessários estudos de validação definitivos para estabelecer a utilidade clínica destes indicadores, o estudo mostrou que os biomarcadores cTnT e NT-proBNP podem ajudar a prever a cardiotoxicidade em crianças que sofrem com este tipo de leucemia, indicam os autores do estudo.
A ideia é ajudar os médicos, no futuro, a “maximizar a eficácia oncológica, minimizar a cardiotoxicidade e ajudar sobreviventes a longo prazo a alcançarem uma melhor qualidade de vida”, sublinham.
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