Uma colaboração entre a farmacêutica Bayer e a Universidade de Birmingham, no Reino Unido, irá permitir o desenvolvimento de um ensaio clínico internacional que visa identificar tratamentos mais eficazes para um tipo raro de cancro infantil: o rabdomiossarcoma.
Financiado pela Bayer, este ensaio clínico será organizado pelo Clinical Trials Unit da instituição universitária e irá focar-se na eficácia do fármaco regorafenibe, um medicamento oncológico da Bayer, em pacientes com rabdomiossarcoma recidivante, com o objetivo de determinar se este medicamento, em combinação com o tratamento padrão, pode melhorar as taxas de sobrevivência, reduzir a probabilidade de recidiva e melhorar a qualidade de vida a longo prazo dos sobreviventes.
O rabdomiossarcoma é um tipo de cancro dos tecidos moles, que geralmente se forma no tecido muscular esquelético; apesar das taxas de sobrevivência terem aumentado de 25%, em 1970, para mais de 70% hoje em dia, cerca de um terço dos pacientes sofrerá, pelo menos, uma recidiva. Este fator aumenta ainda mais o risco de morte, já que as opções de tratamento após a recidiva são atualmente limitadas.
O fármaco da Bayer já foi aprovado como terapia em certas formas de cancro colorretal, tumores gastrointestinais e carcinoma hepatocelular.
“A Bayer está comprometida em desenvolver novos tratamentos oncológicos para os quais existe uma grande necessidade médica, como aqueles utilizados em pacientes com cancro pediátrico”, afirmou Scott Z. Fields, Chefe de Desenvolvimento do Departamento de Oncologia da farmacêutica.
Também a diretora do Clinical Trials Unit da Universidade de Birmingham, Pamela Kearns, mostrou-se animada com este novo projeto que acredita ter todas as condições para ser um marco no desenvolvimento na área da oncologia pediátrica.
“Esta nova parceria com a Bayer destaca a excelência do nosso trabalho e das nossas capacidades enquanto centro de investigação”, diz.
A iniciativa também recebeu vários elogios por parte da Cancer Research UK, que fez questão de enaltecer o gesto da Bayer em financiar um ensaio clínico dirigido a crianças com cancro.
“São investigações como esta que ajudam a impulsionar as inovações necessárias para a criação de novos tratamentos, tão necessários para os jovens pacientes”, disse Michelle Mitchell, a diretora da organização.
Este projeto conta também com a colaboração do European Pediatric Soft-Tissue Sarcoma Group.
“Estamos ansiosos pelas próximas etapas desta investigação e pelos benefícios que os seus resultados trarão para o futuro destas crianças”, finalizou Scott Z. Fields.
Fonte: Universidade de Birmingham