Maria José Bento, presidente do Congresso Nacional de Epidemiologia e Registo de Cancro, confirma que está a ser criada uma base de dados única nacional de registo oncológico que permitirá dar uma visão mais precisa do panorama nacional sobre a doença.
O congresso tem início esta quinta-feira, no Porto, e a responsável aproveitou a oportunidade para revelar que a futura base de dados única, que agregará o número de casos atendidos em todas as unidades de saúde nacionais, permitirá aos profissionais introduzir a informação de forma mais célere.
A coordenadora explica que, atualmente, o maior desafio reside nos tempos indefinidos com que são publicados os dados dos diferentes hospitais, salientando que “alguns destes atrasos são colmatados porque os registos acabam por fazer projeções e, portanto, se não temos dados reais atualizados” são feitas estimativas para os anos subsequentes com base “naquilo que é provável que venha a acontecer”.
A presidente do congresso, que assume também as funções de coordenadora do Registo Oncológico Regional do Norte (RORENO), lembrou que este será um dos assuntos em destaque no I Congresso Nacional de Epidemiologia e Registo de Cancro, organizado em conjunto pelo RORENO do IPO-Porto e os outros três registos regionais, ROR-Centro, ROR-Sul e RORA (Açores).
Durante o congresso, serão ainda abordados temas como a prevenção e rastreio oncológico, efetividade terapêutica, fatores de risco/prognóstico e implementação de registos de cancro nos PALOP, distribuídos por quatro sessões plenárias.
Do programa do encontro consta ainda a apresentação de 33 trabalhos de investigação sobre temas ligados à epidemiologia e registo de cancro.
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