Risco de fratura e baixos níveis de densidade óssea são comuns em sobreviventes

De acordo com uma nova investigação realizada na Holanda, sobreviventes de cancro infantil adultos têm um risco aumentado de apresentar níveis baixos de densidade óssea e são mais propensos a fraturas, quando comparados com a população em geral.

“As nossas descobertas destacam a importância da vigilância em sobreviventes de alto risco”, disseram os cientistas.

As descobertas basearam-se nos resultados do estudo DCCSS* LATER, que analisou sobreviventes de cancro infantil que haviam sido diagnosticados antes dos 19 anos de idade, que tinham recebido tratamento num dos 7 centros holandeses de oncologia pediátrica (entre 1963 e 2001) e que haviam sobrevivido por, pelo menos, 5 anos após o diagnóstico. No total, o estudo analisou 2 003 sobreviventes.

Relativamente a níveis baixos de densidade óssea, estes foram observados principalmente em sobreviventes diagnosticados com leucemia ou com tumores do sistema nervoso central – estas taxas foram associadas, de uma forma geral, a sobreviventes do sexo masculino que tinham sido expostos a altas doses de carboplatina bem como a níveis crescentes de radioterapia.

Problemas como hipogonadismo, hipertireoidismo, baixos níveis de atividade física e deficiências de vitamina D também foram associados a níveis mais baixos de densidade óssea.

Em relação ao risco de fraturas, estas foram verificadas em cerca de 33% dos participantes, sendo que 952 fraturas 5 anos após o diagnóstico de cancro. A maior prevalência de fraturas ocorreu em mulheres, sendo que os cientistas associaram este problema à obesidade, tabagismo e falta de ingestão de cálcio.

“As nossas descobertas sugerem que uma vigilância mais intensiva e intervenções adequadas podem reduzir o risco de níveis baixos de densidade óssea o que, desta forma, também minimiza o risco de fraturas em sobreviventes adultos de cancro infantil”, concluíram os investigadores.

Fonte: Specialty

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