Associação britânica aplaude decisão judicial a favor de criança com neuroblastoma

A Aliança britânica para o Neuroblastoma congratulou-se recentemente com uma decisão judicial inglesa contra o Serviço Nacional de Saúde britânico que permitiu a uma criança com neuroblastoma receber uma combinação de fármacos de imunoterapia de combate à doença.

A associação assiste famílias com membros afectados pelo neuroblastoma, um tipo de tumor agressivo na infância que afecta o sistema nervoso, e tem apoiado o caso desta família durante um processo legal, durante o qual Serviço Nacional de Saúde britânico se recusava a fornecer os medicamentos à criança para tratamento com imunoterapia.

O advogado de defesa lembra que este foi um passo na direcção certa para as famílias que querem que os seus filhos recebam o melhor tratamento disponível no Reino Unido.

No ano passado, um estudo norte-americano publicado no New England Medical Journal relatou que dar às crianças três fármacos, dois dos quais estão a ser testados para imunoterapia num estudo no Reino Unido, resultava numa taxa de reincidência inferior em 20% e numa taxa de sobrevivência 11% mais elevada por um período de dois anos.

A menina de quatro anos inglesa sofre de um neuroblastoma agressivo, uma forma avançada de cancro que tem um prognóstico de vida muito reduzido. A criança estava na fase final de um tratamento com imunoterapia, mas, no Reino Unido, esta terapêutica apenas está disponível para crianças que integram um estudo randomizado, onde lhes são facultados aleatoriamente um ou dois medicamentos.

A mãe da criança, cujo nome não foi divulgado, recebeu uma notificação em Junho referindo que a sua filha apenas poderia receber um dos dois medicamentos disponíveis no Reino Unido, motivo pelo qual decidiu levar o caso a tribunal.

A senhora argumentou que, uma vez que cientistas norte-americanos já provaram os efeitos positivos dos três medicamentos num ensaio clínico, “porque motivo os médicos do Reino Unido tinham necessidade de continuar a avançar com experiências em crianças?”

O tribunal decidiu assim retirar a criança do ensaio clínico, permitindo-lhe receber ambos os fármacos e ser melhor assistida.

A mãe da menina diz agora esperar “que esta acção judicial abra caminho para que outras famílias possam receber o melhor tratamento possível para combater o cancro pediátrico dos seus filhos”, sem terem que viajar para outro país.

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