Os progressos que têm sido levados a cabo em Portugal na área de cuidados paliativos ao nível do cancro pediátrico mereceram muito recentemente destaque e reconhecimento internacional. Num artigo publicado no E. Hospice, foi notícia uma publicação de Ana Forjaz de Lacerda, que liderou uma equipa interdisciplinar que se concentra nos cuidados contínuos e de apoio na Pediatria do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPO Lisboa).
Numa obra publicada pela sua autoria, Ana Forjaz de Lacerda dá a conhecer algumas das medidas que têm sido levadas a cabo em Portugal para corrigir as falhas ao nível dos cuidados paliativos pediátricos.
Portugal assume o primeiro lugar da tabela na Europa Ocidental como país que presta cuidados paliativos pediátricos. Embora esta realidade não seja definida por qualquer disposição oficial, uma vez que não existem de facto equipas pediátricas especializadas neste campo a trabalhar em unidades específicas para estes cuidados, e embora os serviços de cuidados paliativos pediátricos não estejam especificamente previstos na atual política nacional de cuidados paliativos, de todo, não se pode afirmar que as crianças portuguesas são negligenciadas nesse sentido, dado que, nos últimos anos, vários departamentos pediátricos têm desenvolvido iniciativas isoladas para ajudar as crianças que sofrem de condições crónicas e suas famílias.
O artigo dá a conhecer, por exemplo, duas obras publicadas pelo Departamento de Pediatria do IPO Lisboa, “O Livro da Família da Criança Com Cancro” e “Cuidar do Seu Filho Doente – Um guia da Unidade de Oncologia Pediátrica”, lançadas pelo IPO de Lisboa com o patrocínio da Fundação Rui Osório de Castro, entidade de solidariedade social que centra a sua atividade na oncologia pediátrica tendo como missão informar e esclarecer os pais, as crianças e amigos sobre questões relacionadas com esta área, contribuindo ainda para o avanço da investigação científica no que refere ao combate ao cancro infantil.
Um trabalho semelhante está em vigor desde 2009 no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil do Porto (IPO Porto), sob a coordenação de Ana Maia Ferreira. No Porto, a equipa contou com a ajuda de voluntários da casa da Acreditar (associação de apoio à criança com cancro e suas famílias) e do projeto Arco-íris, uma iniciativa de voluntariado no âmbito dos cuidados paliativos pediátricos em contexto domiciliário, que poderá chegar a Lisboa já em 2013 Arco-Íris.
O artigo do E. Hospice aborda ainda o trabalho de equipas de domicílio da Fundação do Gil, as unidades móveis do Hospital de Santa Maria, Hospital de Dona Estefânea, do Hospital Fernando da Fonseca e do Hospital de São João.
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