Analisada associação entre fertilização in vitro e cancro infantil

Bebés nascidos via fertilização in vitro podem ter um risco ligeiramente maior de desenvolver cancro infantil, de acordo com um estudo realizado pela Universidade do Minnesota, nos Estados Unidos.

Ao longo de uma década, os investigadores analisaram 276 mil crianças concebidas por fertilização in vitro e outras 2,2 milhões que haviam sido concebidas de forma natural.

A taxa de incidência de cancro infantil foi 17% maior em crianças concebidas por fertilização in vitro; no entanto, o risco é limitado a tumores hepáticos raros que estão associados à infertilidade.

O estudo foi conduzido por Logan Spector, um médico que publicou vários estudos que apontavam para o aumento dos riscos para a saúde de bebés nascidos recorrendo a reprodução médica assistida.

A questão dos riscos para a saúde foi uma pergunta persistentemente feita à comunidade médica que não tinha uma resposta concreta, até que, em 2013, um estudo feito no Reino Unido pareceu responder a todas as preocupações: os investigadores, que utilizaram dados de 106 013 crianças nascidas entre 1998 e 2008 através de fertilização in vitro, não encontraram qualquer associação entre tratamentos de fertilização e perigos para a saúde do bebé.

Contudo, desde aí, surgiu uma crescente onda de pesquisas que sugere que bebés nascidos por fertilização in vitro, e outras técnicas de reprodução assistida, trazem um risco maior de problemas cardiovasculares.

A equipa de Logan Spector tem investigado quais as fontes destas preocupações com os riscos para a saúde dos tratamentos, de forma a fornecer dados concretos para os pais e para a comunidade.

“Encontrámos, no máximo, uma associação pequena e marginal entre a fertilização in vitro e o cancro infantil”, disseram os investigadores, num artigo publicado no Journal for the American Medical Association.

Os únicos cancros que viram um risco aumentado foram os tumores hepáticos (fígado), que estão ligados à infertilidade.

“Não encontrámos qualquer associação entre o tratamento de fertilização in vitro com o cancro no geral”.

Contudo, os investigadores insistem que, independentemente dos resultados, se justifica que haja um acompanhamento continuado para crianças concebidas por técnicas de fertilização.

Fonte: Daily Mail

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