Na edição de terça-feira do Jornal de Notícias, o órgão de comunicação social denunciou as “condições miseráveis” em que se encontra a ala de pediatria do Hospital de São João, no Porto.
As acusações foram feitas por alguns pais, que falaram em crianças a serem sujeitas a tratamentos de quimioterapia num corredor, numa situação que consideram “caótica”.
Já a situação da unidade de internamento, conhecida como “Joãozinho”, é descrita como “mil vezes mais grave”, com os denunciantes a referirem a existência de paredes com buracos, janelas sem isolamento e o facto de existir apenas uma casa de banho. Há cerca de 10 anos que esta unidade funciona em contentores, situados na parte exterior do hospital.
Apesar das condições, descritas como “miseráveis”, os pais ressalvam que os profissionais de saúde fazem tudo o que podem, tendo em conta as condições existentes.
Em reação às notícias reveladas, a administração do Hospital de São João veio dizer que há cerca de um ano que está à espera que o Governo liberte as verbas necessárias para a criação de uma nova unidade pediátrica.
Já o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães considera “lamentável que o ministro da Saúde ainda não tenha resolvido uma situação que é muito fácil. O que se está a pedir não é a construção de um hospital novo, é que as crianças e os respetivos profissionais, que estão em contentores no jardim do São João, passem para dentro do hospital. Claro que é preciso fazer algumas obras, que custam dinheiro, e, por isso, essa situação não está a ser a ser resolvida”.
De acordo com o Ministério da Saúde, as verbas serão desbloqueadas rapidamente, não existindo ainda uma data confirmada.
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