Imagine descobrir que a sua filha mais velha tem cancro, um mês depois de dar à luz o seu segundo filho.
Foi isso que aconteceu a Kaitlyn Andrew quando, um mês após ter tido o seu segundo filho, recebeu a angustiante notícia de que a sua filha mais velha, Harper, com apenas 2 anos, tinha sido diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda.
“Tudo começou quando a Harper se queixou de dores nas pernas – ela dizia que tinha muitas dores e que não conseguia andar. Ao início, pensámos que era uma birra, que estava a querer chamar a atenção, porque a irmã dela tinha acabado de nascer”, conta Kaitlyn.
Mas as queixas intensificaram-se, e os pais de Harper decidiram levá-la ao hospital.
“Eu fiquei em casa, e o meu marido foi com ela. As horas foram passando e ele nunca mais chegava. De repente, toca o telefone e o meu mundo desabou”.
Após vários exames, os médicos diagnosticaram Harper com uma leucemia linfoblástica aguda – já lá vão 2 anos.
“Ela ficou logo internada. Foi um choque horrível. Eu tinha acabado de ser mãe pela segunda vez, tinha um bebé em casa e outro no hospital. Não sabia por onde me virar. A maior parte destes 2 anos, a vida da Harper foi passada no hospital – ou na “Casa do Médico”, como ela lhe chama. Tive a sorte de ter um marido extraordinário, uns amigos fantásticos e uma equipa médica incansável”.
Foi precisamente uma das suas amigas que teve a ideia de partilhar a jornada de Harper. Hoje, mais de 3 mil pessoas seguem a história desta menina.
“Quando a minha amiga me falou de criarmos uma página de Facebook, fiquei um bocado reticente. Mas depois pensei ‘Porque não? Porque não partilhar a minha história e a da minha filha com outras pessoas que estão a passar pelo mesmo que nós?’. Hoje, aquela página é quase um diário para mim”.
A história de Harper rapidamente se tornou conhecida um pouco por todo o país; recentemente, a menina tornou-se uma das embaixadoras da One at a Time, uma organização sem fins lucrativos com sede na Califórnia, que trabalha com crianças que estão em tratamento para várias doenças.
As boas notícias não se ficam por aqui, com a família a preparar-se para o fim dos tratamentos da menina.
Ao fim de mais de 2 anos, Harper irá finalmente tocar no sino da esperança ainda no mês de maio.
“Agora só queremos continuar a olhar para o futuro. Sem medos, mas com muitas precauções”.
Fonte: WDAM