Waylon Klitzman, um adolescente norte-americano de 15 anos, conseguiu angariar mais de 10 mil dólares (cerca de 8 mil euros) para a causa do cancro pediátrico, ao leiloar o seu porco de estimação.
Esta história, que está a comover os internautas, começa quando Waylon soube que a sua professora preferida ia deixar de trabalhar para cuidar de uma sobrinha com cancro.
Kim Katzenmeyer decidiu abandonar a sua carreira ao fim de 22 anos, depois de saber que a sua sobrinha tinha sido diagnosticada com um neuroblastoma. Paralelamente a tornar-se uma cuidadora a tempo inteiro, Kim quis também ser parte integrante da Beat Nb, uma organização sem fins lucrativos que apoia crianças com a doença.
Ao perceber que a sua professora preferida iria abandonar a escola, Waylon decidiu juntar todo o seu dinheiro e doá-lo à Beat Nb, na esperança que Kim reconsiderasse a sua decisão.
Oriundo de uma família criadora de porcos, o jovem vendeu 2 dos seus porcos preferidos, tendo amealhado um total de 52 dólares (cerca de 45 euros); embora tivesse ficado comovida com a atitude do seu aluno, Kim não desistiu da sua ideia. Depois de um ano inteiro a assistir à luta da sua mãe contra um cancro, Kim não podia deixar que a sua sobrinha, a pequena Harlow, passasse pelo mesmo.
“Esta foi a decisão mais difícil que eu tive de tomar, a de deixar o ensino, porque eu senti que estava a abandonar os meus alunos, os meus filhos escolares, em especial o Waylon. Mas fi-lo porque a única coisa mais importante que eles era a minha própria família”, disse a professora.
Decidido a ajudar a professora que “nunca me abandonou quando eu mais precisava”, o jovem Waylon encontrou outra maneira de fazer algo especial por ela, com a ajuda do seu premiado porco Roo, um animal com 265 quilos que ele tinha criado desde bebé.
Inicialmente, Waylon planeou vender Roo, mas depois decidiu que conseguiria angariar mais dinheiro para a Beat Nb se leiloasse aquele precioso porco. Determinado, o adolescente enviou um sem número de cartas a empresas locais, onde perguntava se elas estariam interessadas em comprar Roo, ao mesmo tempo que explicava qual a finalidade daquele dinheiro.
Mal sabia o jovem que as suas cartas tocariam os corações, e as carteiras, desses empresários, o que resultou numa verdadeira guerra de leilão.
Avaliado por 4 dólares (cerca de 3,5 euros) por cada quilo, Roo foi inicialmente comprado por 11 dólares (cerca de 9,6 euros) por quilo por Dan Drozdowicz, o presidente da empresa E & D Water Works, que revelou o seu plano aos restantes interessados; Dan compraria Roo e doaria o porco de volta a Waylon, para que os restantes dois interessados pudessem também comprar o animal, por 10 dólares (cerca de 8,7 euros) por quilo, e doá-lo ao seu dono.
Mas nem estes 3 benfeitores estavam à espera que houvesse um quarto interessado em ajudar a causa de Waylon. Quando soube dos planos dos três empresários, o construtor civil Dave Moll, também quis ajudar.
“Eu não tinha intenções de gastar tanto dinheiro num porco. Mas quando vi aquela onda de solidariedade, senti que era a coisa certa a fazer. E fiquei muito feliz por fazer parte deste ato solidário”, disse Dave.
No total, o porco Roo foi vendido a 5 pessoas diferentes, sendo que, no final, voltou ao seu lugar inicial: ao lado de Waylon, que conseguiu angariar mais de 10 mil dólares (cerca de 8,7 mil euros).
“Eu não queria acreditar no que estava a acontecer. Nunca tinha visto isto. Normalmente, as pessoas fazem o maior lance e ficam com o animal, mas o Roo foi vendido 5 vezes, e de todas as vezes regressou para mim”, disse, emocionado, o jovem Waylon.
Também a professora Kim ficou perplexa com todo aquele extraordinário leilão e, no final, foi a correr dar um abraço ao seu aluno preferido.
“Quase que senti o meu coração a explodir de orgulho por este rapaz. Ele não tem ideia do impacto que a sua ação teve”, revelou a professora.
Mas não se pense que Waylon ficará por aqui. O jovem, e o porco Roo, estão já a planear o seu próximo esforço de captação de recursos para a Beat NB: plantar 3 hectares de abóboras que serão posteriormente vendidas para ajudar a organização.
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