A estrutura e o alargamento da rede de cuidados paliativos em Portugal devem ser revistos com a maior brevidade e atenção possíveis, defende a Associação de Administradores Hospitalares (AAH), que sublinha que o número de portugueses a morrer nos hospitais tem aumentado significativamente nos últimos anos.
O alerta da AAH surge na sequência de um estudo recente feito por uma equipa de investigadores portugueses do Colégio dos Reis em Londres, Inglaterra, e do Centro de Estudos de Investigação da Universidade de Coimbra, que aponta que, nas últimas duas décadas, o número de portugueses a morrer nos hospitais aumentou, uma realidade que mantém uma tendência crescente.
A pesquisa sublinha que este cenário irá acentuar-se, motivo pelo qual se torna urgente e fundamental aumentar a rede de cuidados paliativos, a fim de garantir um tratamento adequado e de qualidade aos doentes na fase final das suas vidas, refere Marta Temido, presidente da AAH.
Para a responsável, “neste momento, há uma tendência de hospitalização da morte: há falta de camas de cuidados paliativos, há poucas equipas de cuidados ao domicílio e não temos profissionais suficientes para fazer este apoio”, por isso considera prioritária uma maior aposta nestes cuidados.
O balanço recente estima que, nos próximos 15 anos, três em cada quatro pessoas no país morrerão nos hospitais.
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